I. Introdução Mark Twain, humorista profissional que fez rir milhares
I. Introdução Mark Twain, humorista profissional que fez rir milhares
A jornalista Cláudia Matarazzo escreveu em Classe, revista de bordo
Estudos na Confissão de Fé de Westminster
Doutrina INTRODUÇÃO A Bíblia, também chamada Escrituras Sagradas e Palavra
As 7 palavras de Cristo na cruz
Costumamos recordar com carinho e dar grande importância às últimas
Dia dos Pais – O que pais podem dar aos filhos?
Dê aos seus filhos o que eles precisam, não o
Dia dos Pais – Responsabilidade e privilégio dos pais
Criar filhos nunca foi fácil. Nestes tempos pós-modernos, então! Pais,
O estudo das Histórias Bíblicas sempre me encantou. A de
Na primeira parte desta mensagem, vimos que, por sua providência,
Ronald Sider escreveu um livro com um título intrigante: “O
I. Introdução
Mark Twain, humorista profissional que fez rir milhares de pessoas em todo o mundo, não foi ele próprio um homem feliz. Quando sua filha Jean morreu de um ataque epiléptico, Twain, que estava muito doente para ir ao funeral, disse a um amigo: “Nunca tive inveja de ninguém, a não ser dos mortos. Sempre invejo os mortos!”
Jesus “foi um homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3), mas possuía uma alegria capaz de superar circunstâncias as mais adversas. Avizinhando-se o seu sacrifício na cruz, Ele confortou os discípulos com um belíssimo discurso, e acrescentou: “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.11).
Ainda hoje, os que crêem em Deus e o servem têm alegria, porque, como disse um salmista,”Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença […]” (Sl 16.11). É assim também com os que confiam em Jesus e o recebem como seu Salvador e Senhor. O apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (Fl 4.4). Há sobejos motivos para nos alegrarmos “no Senhor”, isto é, com o que o Senhor Jesus é, fez e faz por nós.
Por que, então, muitos cristãos parecem viver sob uma nuvem de decepções e tristezas? O que lhes tem roubado a chamada alegria cristã?
O segredo da alegria
A resposta encontra-se numa pequena carta que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos Filipenses, em 62 d. C.. O apóstolo estava preso em Roma, quando a escreveu. Tinha sido acusado injustamente e enviado à capital do Império Romano para ser julgado por César, o imperador. Tinha passado pelas maiores dificuldades. No entanto, esta sua carta é mais alegre do Novo Testamento. Os termos alegria, gozo e regozijo aparecem dezenove vezes. O apóstolo literalmente transborda de alegria. Qual o seu segredo? A mente, a maneira de pensar. O apóstolo fala da mente dez vezes; usa o verbo pensar umas cinco vezes, e o verbo lembrar pelo menos uma vez.
Assim, aprendemos nesta pequena carta que o segredo da alegria do cristão está no seu modo de pensar, nas suas atitudes mentais. Filipenses é um livro de psicologia cristã, não do tipo superficial que diz “pense positivamente, e tudo estará bem”. O apóstolo não ilude os cristãos dizendo-lhes que não terão problemas, que não passarão por dificuldades. Pelo contrário, mostra-lhes o tipo de mente que devem ter se quiserem experimentar alegria genuína num mundo cheio de problemas.
Ladrões da alegria
Pode-se estudar a carta de Paulo aos Filipenses procurando, em cada capítulo, os ladrões da alegria e, então, as atitudes que podem capturar e vencer estes ladrões.
1. As circunstâncias. Temos que confessar que, quando as coisas estão bem, sentimo-nos muito mais felizes e alegres. Mas, será que o nosso estado de espírito deve depender tanto assim das circunstâncias? Já lhe ocorreu que nós quase não temos controle sobre as circunstâncias? Lembre-se de que Paulo vivia circunstâncias as mais adversas quando escreveu a carta aos Filipenses, cheia de alegria.
2. As pessoas. Uma adolescente voltou da escola, entrou em casa pisando duro, foi direto para o quarto, bateu a porta e ficou resmungando alto: “Pessoas… pessoas…” Seu pai bateu à sua porta e perguntou:
– Posso entrar?
– Não, respondeu a filha.
– E por que não?, insistiu o pai.
– Porque você é uma pessoa, disse a filha.
Todos já perdemos a alegria alguma vez por causa das pessoas, pelo que são, pelo que dizem, pelo que fazem. E, é claro, nós também já roubamos a alegria de alguém… “Nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si” (Romanos 14.7 NVI). Haverá algum modo de conservar a alegria interior, a pesar das pessoas?
3. As coisas. Um homem rico estava descarregando sua mudança em sua nova mansão. Um vizinho, de vida simples, observava. Contou os móveis e tudo o que ia entrando naquela mansão. Por fim, aproximou-se do dono da mansão e lhe disse: “Vizinho, se precisar de mais alguma coisa, procure-me e eu lhe mostrarei como pode passar sem ela.”
Jesus disse: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (Lucas 12.15. Ver Mateus 6.19-21). A alegria verdadeira não vem das coisas. Na verdade, as coisas, muitas vezes, atuam como “ladrões da alegria”.
4. A preocupação. Provavelmente, este é o pior dos ladrões da alegria. Rouba a alegria e maltrata o corpo. Os medicamentos podem afastar os sintomas, mas não removem as causas. Pode-se comprar sono, não descanso. Se o apóstolo Paulo quisesse se preocupar, teria motivos de sobra…
São estes os “ladrões da alegria” mencionados na carta aos Filipenses, direta ou indiretamente. Como apanhá-los e impedir que continuem roubando nossa alegria?
Os quatro capítulos da carta de Paulo aos Filipenses descrevem, cada um deles, uma atitude que pode capturar estes ladrões e permitir que tenhamos alegria:
✓a despeito das circunstâncias
✓a despeito das pessoas
✓a despeito das coisas
✓a despeito das preocupações.
Filipenses | Ladrões de alegria | Atitudes mentais |
Cap. 1 | circunstâncias | mente cristocêntrica |
Cap. 2 | pessoas | mente submissa |
Cap. 3 | coisas | mente espiritual |
Cap. 4 | preocupação | mente segura |
É sobre isto que vamos refletir neste e nos próximos domingos e também nos Pequenos Grupos de Comunhão e Estudo Bíblico nas quartas feiras. Acompanhe. Participe. E alegre-se.
Perguntas para discussão nos Pequenos Grupos
(Éber César. Ideias básicas extraídas de “Seja Alegre”, de Warrem Wiersbe, Ed. Núcleo, Portugal).
Clique nos títulos para ver os estudos:
A jornalista Cláudia Matarazzo escreveu em Classe, revista de bordo da TAM:
A articulista ressalta que não está falando de “grandes pecados, aqueles que fariam você arder no fogo do inferno”, mas de “pecados pequeninos e (quase) inofensivos […]”. Ela sugere e comenta, entre outros, os seguintes: tomar Coca-Cola no café da manhã; voltar para a cama depois de comer; andar sem roupa pela casa; fumar no quarto e por toda a casa; encarar alguém atraente no trânsito, flertar até onde tiver vontade e, se valer a pena, pedir o telefone; entrar num sex shop e comprar o que quiser, sem auto censura… Por fim, sugere a articulista,
“Faça reserva para passar a noite em seu hotel preferido. E leve tudo o que comprou na sex shop. E ligue para o telefone da pessoa atraente do trânsito. Decida se o próximo passo entrará na categoria dos pecados que contam pontos para o inferno e, se valer a pena, vá em frente…”
“Sua vida está difícil? Nunca pareceu tão chata? A pressão está insuportável e você não vê a hora de fugir para um respiro, qualquer que seja ele? Não se descabele. Antes de se entregar a devaneios sobre como ganhar na loteria para se permitir um cruzeiro pelas ilhas gregas […] respire. Pense que nem sempre é preciso recorrer a expedientes tão extremos para se livrar das pressões. Pecar pode ser a solução […].”
Os conselhos que rolam por aí…
Quando li este artigo, lembrei-me imediatamente das palavras de Davi, no Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios… antes tem o seu prazer na Lei do Senhor e na Sua lei medida de dia e de noite […].”
Os conselhos da jornalista, assim como tantos outros que rolam por aí, implícitos ou explícitos, nas revistas, nos jornais, nos livros, na televisão, nas escolas e universidades não são bons, pois desprezam, ironizam ou ignoram os ensinos da Palavra de Deus.
Na Bíblia, pecado é pecado; não há “grandes pecados” e “pecados pequeninos e (quase) inofensivos”. Os envolvimentos e conseqüências podem ser mais ou menos danosos para o pecador e os circunstantes, mas todos contam pontos para o inferno! “Fumar é prejudicial à saúde”, que é um dom de Deus. Mas não destrói o lar, necessariamente. Transar com a pessoa atraente do trânsito vai ser bom, por uns minutos ou uma noite. Mas, e o cônjuge, os filhos, a consciência, a comunhão do Deus? E todo este sofrimento que há por aí resultante do sexo sem conhecimento mútuo, sem compromisso, sem alianças, sem cartório, sem amor, sem a bênção de Deus? Não há camisinha que previna estes males. O Ministério da Saúde devia saber. Mas eles também não lêem a Bíblia!
Vale a pena?
“Se valer a pena, vá em frente!”, escreveu a jornalista. O que vale a pena? Qual é a pena? “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Salomão, aquele mesmo que pediu sabedoria a Deus (I Reis 3.3-12), deu conselho melhor:
Cristo é a solução!
Pecar nunca é a solução! A solução para as chatices da vida, para as pressões, para as provocações, para as carências afetivas, para as tentações é resistir a tudo isso e fazer a vontade de Deus.
“Alegra-te, jovem, na tua juventude […] anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor […]” (Ec. 11:9-10).
Contudo, isto é muito difícil senão impossível para qualquer um de nós. Como Adão e Eva, temos uma atração quase irresistível por tudo que é proibido (Gênesis 3.6). A Bíblia nos diz que Deus nos ama e que sua vontade é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2). Mesmo assim, é difícil para nós fazermos a sua vontade e não pecar. Na Bíblia, termo pecar significa errar o alvo, não seguir pelos caminhos traçados por Deus.
Não tem jeito, a menos que admitamos o problema – somos pecadores, e nos arrependamos, e recorramos à graça perdoadora e transformadora de Deus em Cristo. O mesmo versículo que diz “o salário do pecado é a morte”, diz também: “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23). Na Bíblia, vida eterna não é apenas vida sem fim; é vida com Deus e com Cristo; é uma qualidade superior de vida; é uma vida vitoriosa. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). Essa vida nunca é chata. Quem a tem não quer pecar, não precisa pecar, tem tudo para não pecar. Se pecar, sofre outra vez, arrepende-se outra vez, confessa outra vez e é perdoado outra vez!
Visto que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23), foi preciso Jesus morrer na cruz, em nosso lugar. Ele morreu por nossos pecados (I Coríntios 15.3). como um “bode expiatório” (Números 5.8). Por isso, João escreveu: “O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado […]. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1.7,9).
O passo seguinte é confiar em Cristo para vencer as pressões internas e externas, a cobiça, as tentações. Mas temos a promessa:
“Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (I Co 10.13).
Resta apenas ressaltar que, se, por um lado, a iniciativa de todo esse processo de salvação, transformação e vitória contra o pecado é de Deus, e se consumou através da vida, morte e ressurreição de Cristo, por outro lado, nós, uma vez salvos, devemos participar do processo de santificação de nossa vida estudando a Bíblia (Salmo 119,9,10,105), orando (Mateus 26.41) e desviando-nos conscientemente de toda forma de mal (I Pedro 3.11).
Pecar nunca é a solução! A solução está em Cristo e na obediência à Sua Palavra.
Pr. Éber Lenz César
Vivemos numa época complexa, sob muita tensão, acompanhando cada dia, senão a cada hora, as coisas boas e as coisas ruins que acontecem neste mundo globalizado. Assaltos, crimes, corrupção, desemprego, pobreza, divórcios, doenças, desastres… Além disso, temos nossos próprios problemas: dificuldades circunstanciais e principalmente os chamados problemas emocionais: ansiedade, conflitos, solidão, culpa, medo…
O que fazer? Psicólogos, terapeutas e outros profissionais do ramo, claro, podem nos ajudar, e muito. Entretanto, se somos cristãos, podemos e devemos recorrer à oração e à leitura direcionada da Palavra de Deus. A Bíblia tem textos e conselhos preciosos para os que estão sofrendo com problemas emocionais. Os estudos anexos não têm pretenções profissionais, nem esgotam o ensino bíblico a respeito, mas espero que ajudem, que deem uma direção, que confortem. Podem ser estudados individualmente ou em grupos. Também podem ser adaptados e ministrados como palestras ou sermões.
Clique nos títulos abaixo para ler os estudos
Salmos para Dias Difíceis
Introdução
Quem não tem dias difíceis, de aflição, medo, dúvida, pecado, desolação, decepção ou angústia? Parentes, pastores, irmãos em Cristo, amigos nem sempre sabem como ajudar. E quem está sofrendo geralmente prefere o isolamento. Conforta-nos saber que admirados personagens bíblicos e homens e mulheres tementes a Deus, de todos os tempos, vivenciaram dias assim. Davi, rei de Israel, mais que outros, compartilhou, em Salmos, seus sentimentos, temores, lutas e vitórias nos seus dias mais difíceis. Nesta série, buscamos orientação e conforto em alguns destes Salmos.
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INTRODUÇÃO
A Bíblia, também chamada Escrituras Sagradas e Palavra de Deus, contém história, profecia, poesia, mandamentos e doutrinas, tudo o que necessitamos crer a respeito de Deus e tudo o que Deus requer de nós. Este curso é sobre as Doutrinas da Bíblia.
Os cristãos do primeiro século “perseveravam na doutrina dos apóstolos…” (At 2.42). Eles se reuniam regularmente para estudar as doutrinas da Bíblia, de Deus, de Cristo, dos cristãos. Posteriormente, falsos mestres ensinariam falsas doutrinas, modismos doutrinários. Mas Deus, em cada época, proveu a igreja de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, para a instrução e edificação espiritual dos crentes, para que não se deixassem levar ao redor “por todo vento de doutrina” (Ver Ef 4.11.15).
O apóstolo Paulo recomendou ao pastor Timóteo: “Prega a Palavra… corrige… exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças… e se recusarão a dar ouvidos à verdade…” (II Tm 4.2-4).
Hoje, mais do que nunca, há falsos mestres e falsas doutrinas. No Brasil, predomina o sincretismo religioso (mistura de religiões cristãs e pagãs). Há desvios doutrinários muito sérios nas igrejas cristãs. Entre os evangélicos também. Daí a importância deste estudo.
A Assembléia de Westminster.
No transcorrer dos séculos, a Igreja Cristã desviou-se das Doutrinas Bíblicas vezes sem conta. Surgiram inúmeras heresias. A chamada Reforma, iniciada por Martinho Lutero, em 1517, na Alemanha, foi um retorno às Escrituras, às Doutrinas da Bíblia. Posteriormente, houve necessidade de sistematizar essas doutrinas, que passaram a ser ensinadas nas Igrejas Reformadas.
Foi o que fez a famosa Assembléia de Westminster, realizada nas dependências da Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro de 1649. O Concílio foi convocado pelo Parlamento Britânico e foi presidido pela Igreja Escocesa. Contou com a presença de 120 ministros, 30 assessores leigos, e 5 delegados especiais da Igreja da Escócia. Os conciliares produziram três importantes documentos:
Os Catecismos são a Confissão de Fé em forma de perguntas e respostas. O Maior serve de texto para sermões, conferências etc.; o Breve facilita o ensino das doutrinas bíblicas em salas de aula, reuniões de família e às crianças.
A Igreja Presbiteriana do Brasil, reunida nacionalmente pela primeira vez em 1888, adotou, a exemplo de suas irmãs da Inglaterra e dos Estados Unidos, a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster. São os nossos símbolos de fé. Os Presbitérios, quando ordenam pastores, perguntam aos mesmos, entre outras coisas, se aceitam estes Símbolos de Fé como expressão da doutrina Reformada e Presbiteriana. Quando ordenam presbíteros e diáconos, os pastores lhes fazem a mesma pergunta.
Neste curso, vamos estudar as principais Doutrinas da Bíblia, seguindo as perguntas do Breve Catecismo. Naturalmente, a Bíblia, a Confissão de Fé e vários compêndios de doutrina e teologia foram consultados.
Nossos objetivos são:
O Breve Catecismo contém 107 perguntas e respostas, abrangendo todas as principais Doutrinas da Bíblia. Não podemos estudar todas estas doutrinas num curso de apenas 13 lições. Nós o faremos por módulos. Neste, vamos estudar as doutrinas referidas nas primeiras 22 perguntas e repostas do Breve Catecismo. Como segue:
O comparecimento a todas as aulas, com a Bíblia e esta apostila nas mãos é imprescindível para o melhor aproveitamento do Curso. Mais importante ainda é a oração e a dependência do Espírito que nos “guiará a toda a verdade”. Bom proveito.
Clique nos títulos para ler os estudos em PDF:
Estudo 01 – Para que existimos? (Pergunta 1)
Estudo 02 – Nossa regra de fé e prática (Pergunta 2)
Estudo 03 – A natureza de Deus (Perguntas 3 e 4)
Estudo 04 – Um Deus… Três Pessoas (Perguntas 5 e 6)
Estudo 05 – Os Decretos de Deus (Perguntas 7 e 8)
Estudo 06 – A Criação do mundo e do homem (Perguntas 8, 9 e 10)
Estudo 07 – A Providência de Deus (Perguntas 11)
Estudo 08 – O Pacto das Obras (Perguntas12). E leitura suplementar.
Estudo 09 – O primeiro pecado e sua extensão (Perguntas 13 a 18)
Estudo 10 – As conseqüências do pecado (Pergunta 19)
Estudo 11 – A eleição (Pergunta 20). E leitura suplementar.
Estudo 12 – O Pacto da Graça (Pergunta 20)
Na semana passada, viajei para pregar numa igreja, noutra cidade. Na estrada, observei, preocupado, que muitos motoristas, após um momento de hesitação, aceleravam e ultrapassavam caminhões e outros veículos desrespeitando faixas contínuas e outros sinais que o proibiam naquele ponto ou naquelas circunstâncias. Alguns passaram aperto, escapando por pouco de uma colisão frontal.
Nas estradas da vida, há curvas, buracos, aclives e declives, congestionamentos, sinalização confusa, e muita gente imprudente ou mesmo louca que não respeita leis e sinais de perigo. Alguns se acidentam e se machucam gravemente, mas não aprendem. Continuam fazendo loucuras… Não pegue carona com essa gente!
Sabe o que mais acontece? Alguns caras irresponsáveis e maldosos têm prazer em ferrar os outros.Eles invertem ou mesmo destroem as placas de sinalização. O que era “Proibido” agora é “Permitido”, o que era “Errado” agora é “Certo”. Em algumas estradas, não há “Certo” ou “Errado”, somente “Relativo!” e “Tudo pode”! Legal! Legal nada!
O que esses malucos não sabem é que os “crentes” têm as leis de Deus gravadas na mente e no coração (Jr 31.33; Hb 10.16). Eles vêem as placas que estão por aí (opiniões, conceitos e práticas do mundo), mas não se deixam enganar. Evitam acidentes. Não se machucam! Não perdem a vida prematuramente.
Bom, estes são os crentes verdadeiros, espertos. Quero acreditar que você é um deles!
No amor de Cristo,
Pr. Éber Lenz César
Quem não quer? A galera então! Todo adolescente quer bater asas,cortar as amarras, ser dono do próprio nariz, dar uma de filho pródigo, aquele da parábola de Jesus: pegou a grana do pai, pôs a mochila nas costas e se mandou… Longe do papai, longe da mamãe, livre para fazer o que desse na telha. Sem limites, sem obrigações, sem escola, sem horários, podendo sair com os amigos, ficar com uma e com outra gatinha, transar, se desse… Podia até cheirar, fumar, injetar, ficar doidão.
Foi tudo muito irado… No começo. Então veio um cansaço, uma saudade… Quem diria? Saudade de casa, do pai, da mãe, daquele irmão chato, da cama, do cantinho, do lar… Baixou um vazio! Pior ficou quando o bolso também esvaziou. Sem dinheiro, sem amigos! É assim o mundão…
Não queria, mas tinha de trabalhar, qualquer coisa pra ganhar um dinheirinho (papai estava longe) e comer alguma coisa (mamãe também estava longe). Sem referências, sem currículo, sem família, foi muito difícil. Mas conseguiu um trabalhinho: apascentar porcos! Diríamos por aqui: catador de lixo em Gramacho. É verdade que todo trabalho é honrado, mas aquele era muito sujo e fedido!
E não é que o cara se arrependeu! “Era maneiro com o papai, a mamãe e até mesmo com o irmão. Acho até que eles me amavam! Sabe de uma coisa? Eu vou voltar. Vou pedir perdão. Talvez papai me aceite de volta. Essa minha liberdade é uma droga de prisão…”
O papai aceitou sim. Fez um festão. E alguém descobriu que apesar dos momentos ruins, em casa, com algumas regras, é melhor…
PS – A intenção de Jesus, ao contar a parábola do Filho Pródigo, foi ressaltar o amor do Pai do Céu, que recebe de volta e perdoa prontamente o pecador que, arrependido, se volta para Deus…
Pr. Éber Lenz César
Costumamos recordar com carinho e dar grande importância às últimas palavras pronunciadas por nossos queridos antes de partirem deste mundo. Se algum deles teve morte súbita, lamentamos, inconsolados: “Se ao menos me tivesse dito alguma coisa…”
Jesus teve morte lenta. Seu sacrifício durou cerca de três horas, tempo bastante para ele dizer sete palavras, ou melhor, sete frases que a Cristandade tem guardado como a um tesouro.
Agostinho, no quarto século, dizia: “A cruz onde Cristo foi crucificado e morto foi a cadeira do Mestre na sua aula final.”
As cruzes que os artistas têm pintado ou esculpido não retratam com fidelidade a cruz de Cristo. Esta foi grosseira, um simples tronco de árvore, com uma trave amarrada ou pregada transversalmente na parte de cima. Os pés e as mãos das vítimas eram amarrados ou pregados nesses “madeiros”.
Nas mensagens lincadas abaixo, comento as 7 palavras ou frases que Jesus pronunciou na cruz. Ainda que não nos seja possível entender o pleno significado das mesmas, espero que estes breves comentários, com a iluminação do Santo Espírito, aprofunde sua compreensão acerca do sacrifício de Cristo na cruz e aumente sua gratidão a Jesus.
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Dê aos seus filhos o que eles precisam, não o que eles querem.
Pais que, na infância, experimentaram pobreza e viram-se privados de muitas coisas, prometem a si mesmos que darão aos seus filhos tudo o que eles quiserem, custe o que custar. Ora, isto nem sempre é bom para a formação dos filhos. Além disso, as crianças precisam muito mais de amor, amizade e companheirismo do que de coisas caras para brincar.
Dê aos seus filhos um propósito, não simplesmente os prazeres da vida.
A diversão é necessária; os prazeres têm o seu lugar; mas são temporários. Em excesso e desacompanhados de alvos e propósitos, geram insatisfação e frustração. Seus filhos precisam de algo importante para fazer na vida, alguma coisa por que lutar… confiando em Deus. O profeta Isaías orou, dizendo: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Is 26:3).
Dê aos seus filhos opções de escolha e oportunidades
Dê aos seus filhos encorajamento, não condenação
Dê aos seus filhos um exemplo, não um sermão.
É certo que os filhos precisam de ensino, conselhos e correção, mas é igualmente certo que eles aprendem mais com os exemplos. Os pais são os seus exemplos mais próximos e contundentes, para o bem ou para o mal. O apóstolo Paulo, por algum tempo, foi pai adotivo e espiritual do jovem Timóteo. Já idoso, escreveu-lhe: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste… Tu tens seguido de perto o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança…” (II Tm 1.13; 3.10).
Dê aos seus filhos demonstração de amor, não de paixão.
As crianças são muito prejudicadas quando tomam por amor o que não passa de paixão. Mostre aos seus filhos o que é o verdadeiro amor. Ame seu cônjuge. “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba…” (I Co 13.4-8).
Dê aos seus filhos disciplina, não explosão de ira.
A disciplina é corretiva. Ministrada com amor, bom senso e auto-domínio, ajudará na formação do caráter dos filhos. Se intempestiva e explosiva, será um desastre. O sábio Salomão escreveu: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv 22.15). “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas…” (Pv 19.18). “Não retires da criança a disciplina…” (Pv 23.13-14)
Dê aos seus filhos um lar, não simplesmente uma casa.
O sonho de muitos pais é adquirir casa própria. É um bom sonho, uma coisa necessária. Porém, acontece, às vezes, que, na luta pela casa própria e outros bens, os pais negligenciam a esposa e os filhos. Seria melhor criar os filhos numa casa de aluguel razoável e dar-lhes um lar, ou seja, o convívio de uma família unida e feliz. “Melhor é o pouco havendo o temor do Senhor… e amor, do que grande tesouro… onde há inquietação… e ódio” (Pv 15.16-17). “Maridos, vivei a vida comum do lar…” (I Pe 3.7).
Dê aos seus filhos o conhecimento de Deus e um cristianismo autêntico, não uma religiosidade formal e vazia.
Seus filhos precisam de Deus e de Cristo. Só Deus pode dar sentido às suas vidas e fazê-los felizes; só Jesus pode salvá-los, dar-lhes vitória nas tentações e guardá-los da corrupção do mundo. Moisés disse a Israel: “O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração… Estas palavras estarão no teu coração… tu as inculcarás a teus filhos…” (Dt 6..4-7). E Paulo escreveu: “Pais, criai vossos filhos na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
Veja esta estatística recente tirada de uma revista canadense, Maclean’s, março 2015:Adolescentes que creem em Deus:
- 60% menos possibilidade de sofrer depressão
- 40% menos possibilidade de usar álcool e drogas
- 80% menos possibilidade de se envolver em sexo de risco
- têm melhor comportamento sexual
- têm melhor autoestima
- ajudam mais em atividades voluntárias
- a longo prazo, a espiritualidade protege
Criar filhos nunca foi fácil. Nestes tempos pós-modernos, então! Pais, educadores e psicólogos têm lá suas opiniões e conselhos. Alguns podem até ser úteis, mas muitos nada têm a ver com os ensinos da Palavra de Deus. Como cristãos, precisamos conhecer e praticar o que a Bíblia nos diz a respeito. Vamos recordar um pouco deste ensino… Até vem aí o Dia dos Pais!
Antes do ensino positivo, menciono alguns obstáculos à boa paternidade:
Está em Deuteronômio 6.6ss:
“O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar…”
A base de toda educação, a verdadeira educação, é a fé em Deus, o amor a Deus e a obediência a Deus!
O texto de Deuteronômio continua:
“O Senhor… os conduzirá à terra que jurou aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó; dará a vocês terra com grandes e boas cidades… Quando isso acontecer, e vocês comerem e ficarem satisfeitos, tenham cuidado! Não esqueçam o Senhor que os tirou do Egito, da terra da servidão. Temam o Senhor, o seu Deus, e só a ele prestem culto…” (Dt 6.10-13).
É verdade que as promessas que Deus fez a Israel, no contexto da Velha Aliança, foram diferentes das que fez à Igreja do Novo Testamento. No entanto, a rigor, o que lemos é que crendo em Deus, amando a Deus e obedecendo a Deus, seremos abençoados, bem sucedidos e felizes (Não quer dizer, necessariamente, ricos e sem problemas!). E quando isso acontecer, quando tudo estiver bem, não devemos nos esquecer que foi Deus quem nos libertou da escravidão do pecado, nos fez parte do seu povo e nos deu tudo o que temos. É comum as pessoas se voltarem para Deus quando em aflição e necessidade, e, depois, passada a crise, quando tudo está bem, se esquecerem de Deus e se afastarem dele e de sua igreja.
A frase seguinte, “não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao redor” aplica-se a nós no sentido em que o mundo a nossa volta, ainda hoje, tem os seus muitos deuses, valores e costumes que assumem o lugar do verdadeiro Deus… Tudo isto está no contexto da exortação: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos…”
Na versão revista e atualizada, em lugar da expressão “ensinar com persistência”, aparece a palavra inculcar, cujo sentido é meter na cabeça. Como? O texto nos diz:
“Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões…” (vs. 7-9).
Foi exatamente isto que eu vi os judeus fazendo no chamado Muro das Lamentações, em Jerusalém (Foto). Havia ali muitos pais com filhos pequenos ou adolescentes lendo a Torá e orando fervorosamente (pelo menos era o que parecia). Tanto os pais como os filhos tinham amarrada na testa, uma caixinha preta; sabe-se que dentro da caixinha, eles colocam um rolinho de papel com esse texto de Dt 6.
Não precisamos dos seus paramentos simbólicos, mas do que significam, em termos práticos, no texto de Deuteronômio: precisamos meter na cabeça dos nossos filhos, desde a tenra idade, e persistentemente, as histórias, a doutrina e os valores ensinados na Bíblia. Só será possível conversando sempre sobre isso, falando disto, como diz o texto, “andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”. O texto sugere, inclusive, que se escreva versículos nos batentes das portas e dos portões, ou seja, que se coloquem lembretes nos lugares por onde as crianças transitam.
Felizes as crianças cujos pais lêem para elas, desde a sua mais tenra infância, as histórias bíblicas, e lhes ensinam persistentemente os valores cristãos. Foi o caso de Timóteo, a quem o Apóstolo Paulo escreveu: “… permanece naquilo que aprendeste… desde a infância sabes as sagradas letras” (II Tm 3.14-15).
O que dissemos é o a base, o começo da educação, o mais importante. Todavia, dada a natureza pecaminosa, presente até mesmo no bebê mais lindo e fofinho, em muitos casos, os pais terão que corrigir seus filhos e discipliná-los. Palavras podem não ser suficientes. E esta é uma questão delicada, bastante polêmica em nossos dias. O fato é que a Bíblia, nosso “manual de vida”, nos diz, em Pv 22.15:
“A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela”. E em Pv 13.24: “Quem se nega a castigar seu filho, não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo”.
A vara referida tem lá o seu contexto cultural e agrícola. Vamos dizer: uma palmadinha aqui outra ali, conforme a necessidade, ministrada com paciência, amor e firmeza só fará bem à criança. A moderna Lei da Palmada (que proíbe toda e qualquer disciplina física não leva em consideração o ensino bíblico, e os muitos exemplos de bons resultados… Considera apenas a violência praticada por pais (pai e mãe) ignorantes, impacientes, insensíveis, egoístas, violentos…
Os pais conhecem perfeitamente a tendência dos filhos menores para imitá-los. As meninas calçam os sapatos da mãe, os vestidos da mãe… Acalentam as bonecas como as mães aos bebês, etc. Os meninos também, em algum momento, se vestem como o pai etc.. Se a imitação se limitasse a essas brincadeirinhas, estaria tudo bem. Mas as crianças geralmente imitam as coisas erradas que os pais fazem. Se os pais mentem, os filhos aprendem a mentir; se os pais brigam, os filhos aprendem a gritar e a brigar uns com os outros; se o pai bate na esposa (absurdo!), o filho eventualmente baterá na irmãzinha; se os pais fumam, os filhos quase certamente fumarão na adolescência. E assim por diante. E não adianta proibir. Será uma hipocrisia e uma incoerência.
Pensando ainda no nosso texto de Deuteronômio, se os pais não amam e não obedecem a Deus, de coração e de verdade, se não amam e não respeitam a igreja de Cristo, muito dificilmente seus filhos o farão.
No Velho Testamento, há exemplos lamentáveis de lideres e reis que deram um péssimo exemplo aos seus filhos, e estes os seguiram direitinho. Por exemplo:
“Acazias, filho de Acabe… reinou dois anos sobre Israel. Fez o que era mau perante o Senhor; porque andou nos caminhos de seu pai; como também nos caminhos de sua mãe…” (I Re 22.52-53).
No Novo testamento, temos o exemplo positivo do jovem Timóteo. O apóstolo Paulo lhe escreveu:
“Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você” (II Tm 1.4-5).
Pai, você ainda tem filhos pequenos ou adolescentes? Você lhes está ensinando persistentemente o temor do Senhor, o amor ao Senhor e a obediência ao Senhor? Você o disciplina com amor, quando necessário? Você lhes dá um bom exemplo de vida cristã? Que, sendo jovens e adultos seus filhos, ou quando o forem, você possa dizer como João:
“Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos andam na verdade” (III Jo 4).
Pr. Éber Lenz César Cesar ([email protected])
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