O estudo das Histórias Bíblicas sempre me encantou. A de
Na primeira parte desta mensagem, vimos que, por sua providência,
Ronald Sider escreveu um livro com um título intrigante: “O
Série: O Fruto do Espírito
Introdução
“Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos” (At 11.26). A gente se pergunta: Por que os descrentes, que se opunham a Jesus Cristo, deram esse apelido aos discípulos de Jesus?
Certamente, não sendo crentes e amigos, fizeram-no com a intenção de escarnecer. Mas os seguidores de Jesus gostaram. Ficaram felizes porque os circunstantes perceberam que eles eram parecidos com Cristo; que seu modo de ser, agir e reagir lembrava o de Cristo! E o apelido pegou. Era uma honra e uma responsabilidade!
Entendendo o termo desta maneira, fica até meio difícil nos identificarmos como cristãos, não é mesmo? Mas, vamos lá…
Uma lição para os “filhos do trovão”.
Uma vez, estando Jesus a caminho de Jerusalém, os discípulos Tiago e João foram à sua frente para lhe arranjarem hospedagem numa aldeia de Samaria. Entretanto, os samaritanos não os quiseram hospedar. Os dois discípulos voltaram a Jesus e lhe disseram, irados: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?” Parece que esses dois tinham um temperamento forte, agitado, briguento. Jesus lhes tinha dado o apelido de “filhos do trovão”. Mas chamou-os escolheu-os, e os estava discipulando. Nesta ocasião, disse-lhes: “Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são […]” (Lc 9.51-56). Em outras palavras: “Meus caros, não é para vocês reagirem assim… Não é assim que eu faço…”
Convivendo com Jesus, e sendo assim repreendidos e ensinados, os “filhos do trovão” tornaram-se mansos e humildes, como Jesus (Mt 11.29), ou seja, “cristãos”. A propósito, anos mais tarde, Tiago foi degolado por sua fé, e João escreveu a epístola do amor, I João.
Você pode testemunhar mudanças progressivas em sua vida que o têm tornado mais e mais parecido com Jesus? Por exemplo: Era agressivo, briguento, genioso e vingativo como Tiago e João, os filhos do trovão, mas, depois, estudando os ensinos de Cristo e estando em comunhão com ele, tornou-se, pouco a pouco, mais calmo, bondoso e humilde?
O Espírito Santo.
Desde a ascensão de Cristo, os cristãos não têm podido mais caminhar com ele, ouvir seus ensinos, observar suas ações e reações e, assim, aprender com ele. Pelo menos, não como os cristãos que o acompanharam durante o seu ministério terreno. Jesus Cristo não está mais aqui, está no céu (Hb 1.3). Todavia, ele não nos deixou sós, sem ensino, sem correção, sem um Guia. Antes de partir, ele prometeu:
“Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre […]. Ele está em vocês e viverá em vocês […]. O Espírito Santo ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu disse a vocês […].” (Jo 14.16,17,26;16.8,13,15).
Quando cremos em Cristo e o recebemos como nosso Salvador e Senhor, o Espírito Santo, também chamado Espírito de Cristo, vem habitar em nós. Este é o dom do Espírito Santo prometido no Velho Testamento e referido por Jesus na passagem acima citada e em At 1.4-5. Os cristãos são templo ou santuário do Espírito Santo (I Co 6.19).
O fruto do Espírito.
O Espírito de Cristo nos faz cada vez mais parecidos com o Senhor Jesus (II Co 3.18; Rm 8.29). Ele faz todas aquelas coisas que Jesus prometeu que ele faria, e mais: produz em nós o chamado fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22-23).
Há outras listas de virtudes cristãs no Novo Testamento, mas esta é a mais conhecida e citada, e traz a essência do caráter de Cristo, que o Espírito quer formar em nós.
Note que o texto fala de fruto do Espírito, no singular, indicando que as virtudes referidas são como uvas de um mesmo cacho. Elas são produzidas juntas, simultaneamente. Note também que é o Espírito que faz a obra, mas com o nosso assentimento e cooperação. Como podemos cooperar com o Espírito? Lendo e estudando cuidadosamente a Palavra de Cristo; ouvindo atentamente a pregação da Palavra; orando e mantendo comunhão espiritual com Cristo e com os irmãos; louvando a Deus com orações e cânticos espirituais; lendo boa literatura cristã; obedecendo à Palavra…
A Bíblia nos adverte contra o perigo de fazermos o contrário disso: resistir ao Espírito ou às suas intervenções em nossa vida (At 7.51); apagar o Espírito ou desconsiderar a ação do Espírito (I Ts 5.19); entristecer o Espírito (Ef 4.30).
Nos estudos seguintes, vamos refletir sobre cada uma das virtudes que constituem o chamado fruto do Espírito e sobre como podemos ser mais e mais perecidos com Jesus Cristo.
Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail,.com)
Este e os demais estudos desta série estão num formato para reflexão em Pequenos Grupos ou Células. Se desejar, pode usá-lo à vontade. Agradeço se preservar a autoria. Veja o último título abaixo.