Como cristãos, cremos que Deus criou este universo maravilhoso em
Como cristãos, cremos que Deus criou este universo maravilhoso em
I. Introdução Mark Twain, humorista profissional que fez rir milhares
O estudo das Histórias Bíblicas sempre me encantou. A de
Na primeira parte desta mensagem, vimos que, por sua providência,
Ronald Sider escreveu um livro com um título intrigante: “O
Como cristãos, cremos que Deus criou este universo maravilhoso em que vivemos, e o fez com um propósito. Cremos também que ele tem um propósito, plano, desígnio ou vontade para os seres humanos, de modo geral, e para cada um de nós, em particular. Conhecer e fazer a vontade de Deus é da máxima importância, até porque, como escreveu o apóstolo Paulo, sua vontade é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). Obviamente, estas breves mensagens não esgotam o assunto, mas abordam aspectos importantes do que a Bíblia nos ensina a respeito.
AS BÊNÇÃOS DO SOFRIMENTO
O problema do sofrimento desafia a nossa compreensão. Não conseguimos entender por que que Deus permite o sofrimento, sendo que Ele é Deus bom e amoroso. Um homem idoso e sábio disse que “a dor existe justamente porque Deus é bom”. Esta não é toda a verdade, mas é uma parte importante da verdade.
EVIDÊNCIA DE AMOR
Suponhamos que uma criança gravemente enferma. É necessário e urgente operá-la a fim de salvar-lhe a vida. O pai, então. entrega-a aos médicos para que seja operada. Porque a operação importa em sofrimento, você diria que este pai não ama seu filho?
Em Hb 12.5-8 está escrito que “O Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como a filhos); pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas se estais sem correção […] sois bastardos, e não filhos.” A dor e o sofrimento indicam que Deus, nosso Pai, nos ama e, também, que somos filhos de Deus. Para salvar-nos do pecado Ele permite ou até mesmo envia a dor, o sofrimento, as tribulações. Paulo escreveu aos romanos: “[…] gloriemo-nos […] nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5.3-5). Deu nos ama e nos chama para perto de Si, mesmo que tenha que ser através da dor. Os que entendem assim o sofrimento podem cantar, sinceramente, o conhecido hino: “Mais perto quero estar meu Deus de Ti, ‘inda que seja a dor que me una a Ti […]”. Vamos considerar duas formas comuns de sofrimento e suas bênçãos.
POBREZA
Uma forma de sofrimento que aflige a maioria das pessoas é a pobreza. Os mais pobres, às vezes, não têm nem mesmo o que comer, o que vestir e onde morar. Todavia, muitas vezes é entre eles que se encontram as maiores expressões de fé, Eles geralmente aprendem mais depressa a confiar em Deus (Lc 14, 15-23; I Co 1,26-29).
Quando o nosso coração se angustiar devido a falta de alguns bens, pensemos naqueles que temos, nos afetos que nos cercam e em todas as bênçãos que recebemos. Há sempre muito que agradecer a Deus. Pode ser necessário orar pedindo perdão a Deus por esta nossa ambição muitas vezes desmedida.
Os homens geralmente são egoístas, avarentos e materialistas.Vivem preocupados com o alimento, com o vestuário, com a casa e com a saúde. Precisam dar mais atenção a estas palavras de Jesus:
“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: Não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta… Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo… quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquietais dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas,’ buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas ” (Mt 6.25-33).
O apóstolo Paulo, que experimentou tanto a fartura como a escassez e aprendeu a estar contente em toda e qualquer situação (FI 4.11-12), escreveu aos romanos: “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas? “ (Rm 8.32. Ver FI 4.19).
DOENÇA
A doença é uma das grandes provas por que tem que passar a maioria das pessoas. Essa provação não atinge somente os que adoecem, mas também os seus familiares, que se esmeram em cuidados, vigílias e sacrifícios pelo enfermo, Ora, de que modo a doença pode ser uma bênção?
A enfermidade física lembra que a vida terrena é efêmera e que os bens materiais têm um valor limitado; geralmente reaproxima o homem de Deus, quebranta o orgulho e predispõe as pessoas para o evangelho, Na proporção, talvez, em que o corpo adoece, a alma se restabelece de suas enfermidades, enfermidades estas mais terríveis e prejudiciais do que as do corpo. Comumente as pessoas preocupam-se mais com as enfermidades do corpo do que com as da alma. Se nos fosse possível ver as almas das pessoas como vemos os seus corpos, ficaríamos horrorizados.
Muitos homens e mulheres que ostentam uma bela aparência física, têm a alma raquítica, agonizante, sem fé, sem paz, sem amor, sem esperança, sem alegria, sem propósito, sem Cristo, sem Deus.
Jesus, quando curava os enfermos, dava-lhes primeiro a lição da precedência da saúde espiritual sobre a saúde física. Assim fez, por exemplo, com o paralítico da Cafarnaum. Não se apressou em curar-lhe a paralisia, mas disse-lhe primeiro: “Filho, os teu pecados estão perdoados” (Mt 9.2). De nada vale ter um corpo sadio e a alma enferma. Ver Mt 16.26.
Tais pensamentos e lembranças nos ajudarão a enfrentar melhor as enfermidades e a ver nas mesmas o amor e o propósito de Deus. No final, poderemos até orar como o Salmista: “Tu és bom e fases o bem […]. Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos […]. Bem sei, ó Senhor […] que com fidelidade me afligiste […]” (Sl 119.68,71,75).
Éber Lenz César . 11/1996
I. Introdução
Mark Twain, humorista profissional que fez rir milhares de pessoas em todo o mundo, não foi ele próprio um homem feliz. Quando sua filha Jean morreu de um ataque epiléptico, Twain, que estava muito doente para ir ao funeral, disse a um amigo: “Nunca tive inveja de ninguém, a não ser dos mortos. Sempre invejo os mortos!”
Jesus “foi um homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3), mas possuía uma alegria capaz de superar circunstâncias as mais adversas. Avizinhando-se o seu sacrifício na cruz, Ele confortou os discípulos com um belíssimo discurso, e acrescentou: “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.11).
Ainda hoje, os que crêem em Deus e o servem têm alegria, porque, como disse um salmista,”Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença […]” (Sl 16.11). É assim também com os que confiam em Jesus e o recebem como seu Salvador e Senhor. O apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (Fl 4.4). Há sobejos motivos para nos alegrarmos “no Senhor”, isto é, com o que o Senhor Jesus é, fez e faz por nós.
Por que, então, muitos cristãos parecem viver sob uma nuvem de decepções e tristezas? O que lhes tem roubado a chamada alegria cristã?
O segredo da alegria
A resposta encontra-se numa pequena carta que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos Filipenses, em 62 d. C.. O apóstolo estava preso em Roma, quando a escreveu. Tinha sido acusado injustamente e enviado à capital do Império Romano para ser julgado por César, o imperador. Tinha passado pelas maiores dificuldades. No entanto, esta sua carta é mais alegre do Novo Testamento. Os termos alegria, gozo e regozijo aparecem dezenove vezes. O apóstolo literalmente transborda de alegria. Qual o seu segredo? A mente, a maneira de pensar. O apóstolo fala da mente dez vezes; usa o verbo pensar umas cinco vezes, e o verbo lembrar pelo menos uma vez.
Assim, aprendemos nesta pequena carta que o segredo da alegria do cristão está no seu modo de pensar, nas suas atitudes mentais. Filipenses é um livro de psicologia cristã, não do tipo superficial que diz “pense positivamente, e tudo estará bem”. O apóstolo não ilude os cristãos dizendo-lhes que não terão problemas, que não passarão por dificuldades. Pelo contrário, mostra-lhes o tipo de mente que devem ter se quiserem experimentar alegria genuína num mundo cheio de problemas.
Ladrões da alegria
Pode-se estudar a carta de Paulo aos Filipenses procurando, em cada capítulo, os ladrões da alegria e, então, as atitudes que podem capturar e vencer estes ladrões.
1. As circunstâncias. Temos que confessar que, quando as coisas estão bem, sentimo-nos muito mais felizes e alegres. Mas, será que o nosso estado de espírito deve depender tanto assim das circunstâncias? Já lhe ocorreu que nós quase não temos controle sobre as circunstâncias? Lembre-se de que Paulo vivia circunstâncias as mais adversas quando escreveu a carta aos Filipenses, cheia de alegria.
2. As pessoas. Uma adolescente voltou da escola, entrou em casa pisando duro, foi direto para o quarto, bateu a porta e ficou resmungando alto: “Pessoas… pessoas…” Seu pai bateu à sua porta e perguntou:
– Posso entrar?
– Não, respondeu a filha.
– E por que não?, insistiu o pai.
– Porque você é uma pessoa, disse a filha.
Todos já perdemos a alegria alguma vez por causa das pessoas, pelo que são, pelo que dizem, pelo que fazem. E, é claro, nós também já roubamos a alegria de alguém… “Nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si” (Romanos 14.7 NVI). Haverá algum modo de conservar a alegria interior, a pesar das pessoas?
3. As coisas. Um homem rico estava descarregando sua mudança em sua nova mansão. Um vizinho, de vida simples, observava. Contou os móveis e tudo o que ia entrando naquela mansão. Por fim, aproximou-se do dono da mansão e lhe disse: “Vizinho, se precisar de mais alguma coisa, procure-me e eu lhe mostrarei como pode passar sem ela.”
Jesus disse: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (Lucas 12.15. Ver Mateus 6.19-21). A alegria verdadeira não vem das coisas. Na verdade, as coisas, muitas vezes, atuam como “ladrões da alegria”.
4. A preocupação. Provavelmente, este é o pior dos ladrões da alegria. Rouba a alegria e maltrata o corpo. Os medicamentos podem afastar os sintomas, mas não removem as causas. Pode-se comprar sono, não descanso. Se o apóstolo Paulo quisesse se preocupar, teria motivos de sobra…
São estes os “ladrões da alegria” mencionados na carta aos Filipenses, direta ou indiretamente. Como apanhá-los e impedir que continuem roubando nossa alegria?
Os quatro capítulos da carta de Paulo aos Filipenses descrevem, cada um deles, uma atitude que pode capturar estes ladrões e permitir que tenhamos alegria:
✓a despeito das circunstâncias
✓a despeito das pessoas
✓a despeito das coisas
✓a despeito das preocupações.
Filipenses | Ladrões de alegria | Atitudes mentais |
Cap. 1 | circunstâncias | mente cristocêntrica |
Cap. 2 | pessoas | mente submissa |
Cap. 3 | coisas | mente espiritual |
Cap. 4 | preocupação | mente segura |
É sobre isto que vamos refletir neste e nos próximos domingos e também nos Pequenos Grupos de Comunhão e Estudo Bíblico nas quartas feiras. Acompanhe. Participe. E alegre-se.
Perguntas para discussão nos Pequenos Grupos
(Éber César. Ideias básicas extraídas de “Seja Alegre”, de Warrem Wiersbe, Ed. Núcleo, Portugal).
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