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Day: Dezembro 3, 2013

Natal com fé, esperança e amor (I)

Introdução

Nestes  tempos difíceis de globalização, liberalismo, materialismo, fanatismo, terrorismo, violência, corrupção e crise,  quais  seriam  nossas necessidades mais  prementes?  Muitas, certamente.  Mas eu  vou referir apenas três, as   que  aparecem juntas em várias passagens do Novo Testamento:  fé,  esperança e amor.
 
Estes  conceitos  são  muito abrangentes. Nestes  primeiros domingos de dezembro, mês em que a Cristandade celebra o nascimento de Jesus Cristo,  nosso  Salvador  e  Senhor,  e  pensa  mais  nas  questões  espirituais,  vamos refletir sobre estas virtudes. A três podem dar a este Natal, ao  Ano  Novo que se aproxima e a nossa  vida um significado todo especial. O apóstolo Paulo  escreveu  aos Tessalonicenses:
 
“Damos  sempre  graças  a  Deus  por  todos vós,  mencionando-vos  em  nossas  orações,  e sem  cessar,  recordando-nos,  diante  do  nosso  Deus  e  Pai,  da  operosidade  da  vossa fé,  da abnegação   do  vosso amor  e da  firmeza  da  vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (I  Ts  1.2-3).
 
Estas  eram  as  características principais da igreja em Tessalônica.  Com  tais  características, a igreja superava as dificuldades circunstanciais,  talvez ainda  mais  graves do que as  nossas… O  mesmo Paulo escreveu aos Coríntios um  belo  capítulo  sobre o amor.  No  final  deste, ele disse: “Agora, pois, permanecem a fé, a  esperança  e  o amor,  estes  três:  porém  o maior  destes  é o amor” (I  Coríntios  13.13). Imagine um  mundo  cheio  de  fé,  esperança  e  amor!  Imagine  como  poderiam  ser  os  nossos  lares se todos,  marido, mulher e filhos tivessem corações cheios de fé,  esperança e amor.  Imagine uma  igreja  cheia  de  fé, esperança  e  amor.  Utopia?  Não.  É  perfeitamente  possível.  Como?
 
O SEGREDO É CRISTO,  seu  Natal,  sua  morte  e  sua  ressurreição! Refletindo  biblicamente  e  com profundidade  sobre o significado do nascimento miraculoso de Cristo, de sua morte expiatória e de sua ressurreição gloriosa, seguramente cresceremos  em  fé, esperança  e  amor.  O citado apóstolo Paulo agradecia a Deus a fé,  a esperança e o amor  dos cristãos  de Tessalônica,  mas  escreveu-lhes: “Irmãos,  insistimos  com  vocês  que  cada  vez  mais assim procedam…” (I  Ts  4.9- 10). Nesta  e  em  outras  duas  mensagens vamos  refletir  sobre  estas virtudes…

I.  Natal com fé

O  autor  da  carta  aos  Hebreus  definiu  fé  da  seguinte maneira: “Fé é a certeza daquilo que esperamos  e  a  prova das coisas que não vemos…” (Hb  11.1).  E  citou vários exemplos de homens e mulheres  de  fé: “Pela  fé Abel…  Pela fé  Enoque…  Pela fé Abraão…  Pela  fé Isaque…  Pela fé Jacó…  Pela fé Moisés…  Pela fé Raabe…”. E  ele  segue com o que se tem chamado galeria  dos heróis da fé. lamentavelmente, em nossos dias, essa galeria está muito reduzida…

Fé  em  Deus

O  mesmo  texto  de  Hebreus  comenta  que “Sem  fé  é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb  11.6). Os  que  buscam  a Deus,  seja em  oração  ou num ato de culto e adoração, lógico,  precisam  estar absolutamente certos de que Deus existe e os abençoará. Deus  recompensa ou galardoa a fé. Como?

  • Perdoando. “É  ele  que  perdoa  todos  os  seus  pecados…  pois  ele  sabe  do  que  somos formados;  lembra- se  de  que  somos  pó′′ (Sl  103.3,14,  NVI).
  • Santificando. “Eu,  o  Senhor que  os  santifico,  sou  santo” (Lv  21.8).
  • Consolando.  Ele  é “o  Deus  de  toda  consolação” (II  Co  1.3).
  • Alegrando.  Em  Sua  presença  há “plenitude  de  alegria” (Sl  16.11).
  • Ensinando  e dirigindo. Ele  sabe  tudo. “Eu  o  instruirei  e  ensinarei…” (Sl  32.8).

Fé  em  Jesus.

É  preciso  ter  fé  em  Jesus,  também, posto que, de acordo com a Bíblia,  ele é Deus tanto quanto o Pai e o Espírito Santo, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. O  próprio  Jesus  disse: “Creiam  em  Deus,  creiam  também  em mim…” (João  14.1). A  Salvação  depende  disto: “Deus  tanto  amou  o  mundo  que  deu  o  seu  Filho  unigênito,  para  que  todo o  que  nele crer não  pereça,  mas  tenha  a  vida  eterna…  Quem  nele  crê  não  é  condenado;  mas  quem  não crê  já  está  condenado,  por  não  crer  no  nome  do  unigênito  Filho  de  Deus” (João  3:16-18).
A  fé  em  Jesus  inclui:
  • A  certeza  de  que  Ele  ouve  nossas  orações
  • A  certeza  de  que Ele  está  conosco,  pelo  Espírito,  santificando,  consolando  e  capacitando;
  • A  certeza  de  que  Ele  pode  conduzir  nossas  vidas  e  fazer- nos  bem  sucedidos  e  felizes;
  • A  certeza  de  que  a  morte  não  é  o  fim,  mas  uma  passagem  desta  vida  para  outra incomparavelmente  melhor,  com  Cristo,  nos  céus.
Presentemente, no Brasil, talvez mais do que nunca, precisamos renovar a fé, não nos homens, não no Governo… Mas em Deus! Ele é Soberano, está acima e no controle de todas as coisas, mesmo quando parece que não. Mesmo quando, permite, soberanamente, toda essa miséria humana que vemos por aí…  Neste  Natal, reflita sobre isto; pense nestas  passagens da Bíblica; lembre-se de que a fé é um dom de Deus (Rm  12.3);  pode  e  precisa  crescer,  razão porque  podemos e devemos orar como os discípulos de  Jesus:  “Senhor,  aumenta- nos  a  fé” (Lc 17.5).

Pr.  Éber  Lenz  Cesar  ([email protected])

Leia também:

II. Natal com esperança

III. Natal com amor

Natal com fé, esperança e amor (II)

Natal com fé, esperança e amor

II. Natal com esperançaImagem Natal com esperanca

As pessoas geralmente têm

  • esperança de passar no vestibular
  • de conseguir emprego
  • esperança de casar
  • esperança de ter filhos
  • esperança de ter muito dinheiro
  • esperança de comprar um carro
  • esperança de adquirir casa própria
  • esperança de visitar a Disney
  • esperança de ser curado
  • esperança de viver muitos anos…

 

Dizem que  “A esperança é a última que morre!” De fato! Agarramo-nos à esperança como o náufrago à corda. A esperança é a nossa salvação! Sem ela, naufragamos no desânimo, na tristeza, da depressão, na angústia, no desespero. Ou não? Depende do que esperamos, daquilo em que pomos a nossa esperança.

Distinção:

  • as esperanças, como as que listamos acima. São todas boas, legítimas e importantes, mas nem sempre se realizam.
  • a esperança. Esta é infinitamente melhor, e não falha nunca. É a esperança cristã.

Esta é esperança que acompanha a fé, que confia nas promessas de Deus e de Cristo, tanto para esta vida como para a vida depois da morte.

Esperança cristã: posta em Deus e em Cristo.

 

O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Éfeso:

“Lembrem-se de que anteriormente… vocês estavam sem Cristo… sem esperança e sem Deus no mundo…” (Ef 2.12, NVI).

Vemos aqui que os que ainda estão sem Cristo e sem Deus não têm a verdadeira e grande esperança.  Esta esperança é posta em Deus e em Cristo. Veja o que disseram alguns dos homens de Deus na Bíblia (NVI):

  • Davi: “Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti!” (Sl 39:7; 71.5).
  • Jeremias: “Bendito é o homem cuja confiança está no Senhor… ” (Jr 17:7).
  • Paulo: “Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens” (I Tm 4:10).
  • Paulo: “Ordena aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que tudo nos provê ricamente…” (I Tm 6:17).
  • Paulo também dizia: “…Cristo Jesus, a nossa esperança” (I Tm 1:1).

 

Esperança de que? O que estes homens esperavam de Deus?  Em que consiste a esperança cristã?

Podemos esperar que Deus

  • Nos estenda a Sua mão e nos ajude, porque Ele disse: “Eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema; eu o ajudarei” (Is 41.13, NVI).
  • Abençoe nosso trabalho ou, se necessário, intervenha miraculosamente para suprir nossas necessidades materiais, porque Jesus disse: “Não se preocupem dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’  Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6.31-33, NVI).

Mas, a esperança cristã diz respeito, principalmente à

  • salvação,
  • vida depois da morte,
  • volta de Cristo,
  • ressurreição,
  • vida eterna.

É uma esperança escatológica! Paulo escreveu aos Tessalonicenses:

“Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram… os mortos em Cristo ressuscitarão…” (I Ts 4:13-18, NVI).

“A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa  manifestação do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”  (Tt 2.11-13, NVI).

Confiamos em Deus e em Cristo aqui e agora? Animamo-nos e fortalalecemo-nos com a esperança (ou certeza) de que ele está conosco, nos guiará e ajudará, cada dia?  Temos esta outra esperança, a escatológica, a que se refere à volta de Cristo, à ressurreição e aos novos céus e nova terra? Neste Natal, enquanto refletimos sobre o significado e importância do nascimento de Cristo, renovemos nossa esperança!

Veja também:

I. Natal com fé

III. Natal com amor

Pr. Éber Lenz César ([email protected])

Natal com fé, esperança e amor (III)

(III) Natal com amor

A Bíblia tem muito a nos dizer sobre o amor de Deus e de Cristo por nós. E o Natal é a melhor ocasião para pensarmos nisso. Cito apenas duas passagens:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna…” (Jo 3.16).

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

Há muitas outras passagens. A Bíblia, do começo ao fim, fala do amor de Deus por nós. Mas esta mensagem é sobre nossa fé, nossa esperança e nosso amor… Então, vamos ver algumas poucas passagens sobre nosso amor a Deus e a Cristo, e sobre nosso amor uns aos outros.

 

O grande e primeiro mandamento

 

Um intérprete da Lei uma vez perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos, dependem toda a Lei e os profetas” (Mt 22.36-40).

O amor a Deus e a Cristo é o primeiro e grande mandamento da Lei de Deus. O segundo, que inspira-se ou resulta do primeiro, é o do amor ao próximo. O apóstolo João escreveu: “Deus […] nos amou e enviou o seu Filhos como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros […]. Nós amamos porque ele nos amou primeiro […]” (I Jo 4.10,11,19).

E o apóstolo Paulo escreveu: “O amor de Cristo nos constrange […]” (II Co 5.14). Constrange-nos a amar a Deus e a Cristo e constrange-nos a amar nossos irmãos. Por isso o mesmo apóstolo dizia: “Sim, Deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).

O próprio Jesus disse:  “Assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35).

 

No fim, só amor!

 

O Novo Testamento nos ensina que o Espírito Santo concede aos que creem, certos dons os habilidades para serviço na igreja. Nós os chamamos “dons espirituais” e os distinguimos dos “talentos naturais”, que as pessoas têm desde o nascimento, independentemente da fé.  Na época do apóstolo Paulo, os cristãos de Corinto começaram a dar importância exagerada a um certo dom, mais chamativo, o chamado “dom de línguas”, habilidade para falar numa língua não aprendida. Isto acontece ainda hoje, em algumas igrejas e torna-se um problema…  Os que têm esse dom (supostamente?) geralmente julgam-se mais espirituais ou melhores crentes do que os outros, e, assim, negligenciam o amor, e a unidade da igreja. O apóstolo Paulo escreveu longamente aos coríntios corrigindo o uso indevido e abusivo desse dom, em particular, e a divisão na igreja. Neste contexto, o apóstolo priorizou o amor fraternal, e escreveu um dos mais belos e completos textos sobre o amor:

“Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens, se não tiver amor, serei como bronze que soa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei […].  O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo .ínguas, cessarão; havendo ciência, passará […[.  Permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior destes é o amor” (I Co 13.1-13).

Os dons espirituais – profecia, ensino, exortação, línguas, interpretação de línguas etc – são, como dissemos, capacitações dadas por Deus para o exercício de ministérios ou serviço na igreja, a bem de sua edificação e crescimento, mas não servem para nada quando os que se dizem crentes ou cristãos não estão cheios de amor, amor a Deus, amor a Cristo, amor à igreja, amor aos irmãos de fé e ao próximo de modo geral.

É interessante notar nesta passagem, que as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência passará… No fim, permanecerão apenas a fé, a esperança e o amor, sendo que o amor é o maior dos três! Estas três virtudes, por seu valor, durarão mais que tudo, até o fim dos tempos. Todavia, outras passagens (e a lógica) indicam que, depois, na eternidade, permanecerá, e perfeitamente, apenas o amor. Por que?

Porque na eternidade, não precisaremos de fé. O autor da carta aos Hebreus explicou que “fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem […]” (Hb 11.1). Ora, as coisas que esperamos por toda a vida, os fatos que se não veem nesta vida, mas nos quais acreditamos, estarão ali diante dos nossos olhos, num eterno e maravilhoso presente! “A fé dará lugar à visão!” (Bíblia de Estudo Plenitude.  Ver II Co 5.7).

Porque na eternidade não necessitaremos de esperança. A “a bendita esperança, a manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13) será um fato passado ou sempre presente, mas não futuro! “A esperança se transformará em experiência!” (Bíblia de Estudo Plenitude).

Somente o amor será necessário, dominante e eterno!  E como!

Leia também:

I. Natal com fé.

II. Natal com esperança

Pr. Éber Lenz César ([email protected])

Day: Dezembro 3, 2013

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