Natal com fé, esperança e amor (I)
Introdução Nestes tempos difíceis de globalização, liberalismo, materialismo, fanatismo, terrorismo,
Natal com fé, esperança e amor (I)
Introdução Nestes tempos difíceis de globalização, liberalismo, materialismo, fanatismo, terrorismo,
Natal com fé, esperança e amor (II)
Natal com fé, esperança e amor II. Natal com esperança
O estudo das Histórias Bíblicas sempre me encantou. A de
Na primeira parte desta mensagem, vimos que, por sua providência,
Ronald Sider escreveu um livro com um título intrigante: “O
“Damos sempre graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, e sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 1.2-3).Estas eram as características principais da igreja em Tessalônica. Com tais características, a igreja superava as dificuldades circunstanciais, talvez ainda mais graves do que as nossas… O mesmo Paulo escreveu aos Coríntios um belo capítulo sobre o amor. No final deste, ele disse: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor” (I Coríntios 13.13). Imagine um mundo cheio de fé, esperança e amor! Imagine como poderiam ser os nossos lares se todos, marido, mulher e filhos tivessem corações cheios de fé, esperança e amor. Imagine uma igreja cheia de fé, esperança e amor. Utopia? Não. É perfeitamente possível. Como?
O mesmo texto de Hebreus comenta que “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11.6). Os que buscam a Deus, seja em oração ou num ato de culto e adoração, lógico, precisam estar absolutamente certos de que Deus existe e os abençoará. Deus recompensa ou galardoa a fé. Como?
- Perdoando. “É ele que perdoa todos os seus pecados… pois ele sabe do que somos formados; lembra- se de que somos pó′′ (Sl 103.3,14, NVI).
- Santificando. “Eu, o Senhor que os santifico, sou santo” (Lv 21.8).
- Consolando. Ele é “o Deus de toda consolação” (II Co 1.3).
- Alegrando. Em Sua presença há “plenitude de alegria” (Sl 16.11).
- Ensinando e dirigindo. Ele sabe tudo. “Eu o instruirei e ensinarei…” (Sl 32.8).
- A certeza de que Ele ouve nossas orações
- A certeza de que Ele está conosco, pelo Espírito, santificando, consolando e capacitando;
- A certeza de que Ele pode conduzir nossas vidas e fazer- nos bem sucedidos e felizes;
- A certeza de que a morte não é o fim, mas uma passagem desta vida para outra incomparavelmente melhor, com Cristo, nos céus.
Pr. Éber Lenz Cesar ([email protected])
As pessoas geralmente têm
Dizem que “A esperança é a última que morre!” De fato! Agarramo-nos à esperança como o náufrago à corda. A esperança é a nossa salvação! Sem ela, naufragamos no desânimo, na tristeza, da depressão, na angústia, no desespero. Ou não? Depende do que esperamos, daquilo em que pomos a nossa esperança.
Distinção:
Esta é esperança que acompanha a fé, que confia nas promessas de Deus e de Cristo, tanto para esta vida como para a vida depois da morte.
O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Éfeso:
“Lembrem-se de que anteriormente… vocês estavam sem Cristo… sem esperança e sem Deus no mundo…” (Ef 2.12, NVI).
Vemos aqui que os que ainda estão sem Cristo e sem Deus não têm a verdadeira e grande esperança. Esta esperança é posta em Deus e em Cristo. Veja o que disseram alguns dos homens de Deus na Bíblia (NVI):
Esperança de que? O que estes homens esperavam de Deus? Em que consiste a esperança cristã?
Mas, a esperança cristã diz respeito, principalmente à
É uma esperança escatológica! Paulo escreveu aos Tessalonicenses:
“Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram… os mortos em Cristo ressuscitarão…” (I Ts 4:13-18, NVI).
“A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt 2.11-13, NVI).
Confiamos em Deus e em Cristo aqui e agora? Animamo-nos e fortalalecemo-nos com a esperança (ou certeza) de que ele está conosco, nos guiará e ajudará, cada dia? Temos esta outra esperança, a escatológica, a que se refere à volta de Cristo, à ressurreição e aos novos céus e nova terra? Neste Natal, enquanto refletimos sobre o significado e importância do nascimento de Cristo, renovemos nossa esperança!
Pr. Éber Lenz César ([email protected])
A Bíblia tem muito a nos dizer sobre o amor de Deus e de Cristo por nós. E o Natal é a melhor ocasião para pensarmos nisso. Cito apenas duas passagens:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna…” (Jo 3.16).
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Há muitas outras passagens. A Bíblia, do começo ao fim, fala do amor de Deus por nós. Mas esta mensagem é sobre nossa fé, nossa esperança e nosso amor… Então, vamos ver algumas poucas passagens sobre nosso amor a Deus e a Cristo, e sobre nosso amor uns aos outros.
Um intérprete da Lei uma vez perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos, dependem toda a Lei e os profetas” (Mt 22.36-40).
O amor a Deus e a Cristo é o primeiro e grande mandamento da Lei de Deus. O segundo, que inspira-se ou resulta do primeiro, é o do amor ao próximo. O apóstolo João escreveu: “Deus […] nos amou e enviou o seu Filhos como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros […]. Nós amamos porque ele nos amou primeiro […]” (I Jo 4.10,11,19).
E o apóstolo Paulo escreveu: “O amor de Cristo nos constrange […]” (II Co 5.14). Constrange-nos a amar a Deus e a Cristo e constrange-nos a amar nossos irmãos. Por isso o mesmo apóstolo dizia: “Sim, Deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).
O próprio Jesus disse: “Assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35).
O Novo Testamento nos ensina que o Espírito Santo concede aos que creem, certos dons os habilidades para serviço na igreja. Nós os chamamos “dons espirituais” e os distinguimos dos “talentos naturais”, que as pessoas têm desde o nascimento, independentemente da fé. Na época do apóstolo Paulo, os cristãos de Corinto começaram a dar importância exagerada a um certo dom, mais chamativo, o chamado “dom de línguas”, habilidade para falar numa língua não aprendida. Isto acontece ainda hoje, em algumas igrejas e torna-se um problema… Os que têm esse dom (supostamente?) geralmente julgam-se mais espirituais ou melhores crentes do que os outros, e, assim, negligenciam o amor, e a unidade da igreja. O apóstolo Paulo escreveu longamente aos coríntios corrigindo o uso indevido e abusivo desse dom, em particular, e a divisão na igreja. Neste contexto, o apóstolo priorizou o amor fraternal, e escreveu um dos mais belos e completos textos sobre o amor:
“Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens, se não tiver amor, serei como bronze que soa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei […]. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo .ínguas, cessarão; havendo ciência, passará […[. Permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior destes é o amor” (I Co 13.1-13).
Os dons espirituais – profecia, ensino, exortação, línguas, interpretação de línguas etc – são, como dissemos, capacitações dadas por Deus para o exercício de ministérios ou serviço na igreja, a bem de sua edificação e crescimento, mas não servem para nada quando os que se dizem crentes ou cristãos não estão cheios de amor, amor a Deus, amor a Cristo, amor à igreja, amor aos irmãos de fé e ao próximo de modo geral.
É interessante notar nesta passagem, que as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência passará… No fim, permanecerão apenas a fé, a esperança e o amor, sendo que o amor é o maior dos três! Estas três virtudes, por seu valor, durarão mais que tudo, até o fim dos tempos. Todavia, outras passagens (e a lógica) indicam que, depois, na eternidade, permanecerá, e perfeitamente, apenas o amor. Por que?
Porque na eternidade, não precisaremos de fé. O autor da carta aos Hebreus explicou que “fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem […]” (Hb 11.1). Ora, as coisas que esperamos por toda a vida, os fatos que se não veem nesta vida, mas nos quais acreditamos, estarão ali diante dos nossos olhos, num eterno e maravilhoso presente! “A fé dará lugar à visão!” (Bíblia de Estudo Plenitude. Ver II Co 5.7).
Porque na eternidade não necessitaremos de esperança. A “a bendita esperança, a manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13) será um fato passado ou sempre presente, mas não futuro! “A esperança se transformará em experiência!” (Bíblia de Estudo Plenitude).
Somente o amor será necessário, dominante e eterno! E como!
Pr. Éber Lenz César ([email protected])